Uma professora na pandemia - conclusão
"Desde o começo do confinamento social tenho atuado de forma esporádica em uma plataforma como uma forma de amenizar a falta que o ensino presencial me traz e propicia o contato dos estudantes com a escola.
É sempre um desafio postar alguma atividade para os alunos porque sempre existem aquelas dúvidas: Será que eles vão gostar da tarefa? Estou sendo clara em meus comandos? Como corrigir o dever e sanar as possíveis dúvidas de uma maneira eficiente? Mas como diria Paulo Freire: "O caminhar só se faz caminhando.", ou seja a melhor maneira de aprender com os desafios que o ensino remoto apresenta é trabalhar e buscar aprender, sempre.
Meu primeiro encontro por vídeo chamada com meus alunos me deixou bastante ansiosa, sem saber muito bem o que esperar. Porém, foi uma experiência muito melhor do que eu poderia imaginar. Tivemos um momento de conversa, em que acabei ganhando um tour pela casa de alguns alunos, muitos me contaram sobre suas novas rotinas na quarentena e também houve aqueles que optaram por ficar em silêncio durante todo o período e isso me trouxe uma reflexão: como engajar os alunos mais tímidos, aqueles com quem em sala de aula posso sentar-me ao lado e conversar individualmente sem que a conversa seja assistida por outras quarenta ou cinquenta pessoas no chat.
A tecnologia é um ótimo recurso, porém às vezes muito frio e superficial. Enquanto em sala de aula vou passando entre as carteiras para ver aqueles que estão resolvendo as atividades, na internet preciso da ajuda dos responsáveis para cumprirem esse papel.
Sei que este novo momento trará para nós muitas perguntas e desafios. Acredito que nosso papel frente a este novo modelo de ensino é ter coragem para enfrentar e superar novos desafios. Vamos em frente! Todos juntos!"
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