Uma professora na pandemia
"No começo de 2020, estava muito animada com minha nova escola e com os novos desafios que veriam em trabalhar em um ambiente diferente. Passado o primeiro mês de aula, quando já começava a me acostumar com a rotina e com os alunos, uma notícia transformou a vida na humanidade. Um vírus, do qual não sabemos ao certo a origem, sabemos apenas que começou a disseminar-se na China, impôs um isolamento social também aos brasileiros. Inesperadamente entramos em quarentena. Um confinamento social que trouxe inúmeras dúvidas, incertezas, mas também muitas oportunidades e a principal delas é o desafio de me reinventar como professora. Apesar de ter concluído a graduação há pouco tempo, não tive em minha formação inicial muito contato com este novo mundo que é dar aula por meios digitais, sempre pensei (como grande parte de meus formadores) no ensino como algo majoritariamente presencial.
Em pleno século XXI, na era da informação e conexão, ainda me sinto um pouco desconfortável em pensar que exercerei meu trabalho, pelo menos momentaneamente, longe de um dos lugares de que mais gosto na vida- a escola. Sinto falta das correrias, das conversas com meus colegas de trabalho e com alunos, das gincanas, festas escolares, de preparar aulas, procurar materiais que despertem o interesse dos meus alunos e também de contar os dias para o próximo feriado. Obviamente não sinto falta de outras coisas, por exemplo, indisciplina, conversa paralela, e deveres de casa que não chegam completos e no prazo. Tudo isso faz parte do ser professor, são os desafios e as alegrias que constroem nosso cotidiano dentro de uma escola."
No próximo post, vamos ver como foi a atividade da professora Josiane até aqui na pandemia.
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